Lendas de Criciúma.
O Milagre do Carvão
Reza a lenda que um menino, filho de mineiro, quando tinha dez anos, sua mãe ganhou uma menina que nasceu com uma doença rara.
A menina tinha os cabelos muito escuros, porém a pele era extremamente branca devido, talvez, a doença que a afligia.
O pai trabalhava na Mina do Toco e não tinha muito dinheiro.
Depois que a menina nasceu ele gastava todo o salário com remédios.
Quando a menina completou 3 anos, os médicos disseram que não tinha mais como tratar dela em Criciúma.
Ela teria que se deslocar para algum centro maior onde pudesse receber a ajuda médica necessária.
Apesar do progresso financeiro que as minas de carvão davam à cidade, a infraestrutura não acompanhava no mesmo ritmo.
A região era um centro de mineração com milhares de mineiros e famílias que ali estavamem função apenas do carvão.
A família ficou desesperada pois a amavam muito e não queriam que ela morresse.
As pessoas ajudavam como podiam.
Até o Sindicato dos Mineiros e a Igreja de Santa Bárbara coletaram dinheiro mas era preciso muito mais.
O menino começou a rezar pela cura da irmã e todos os dias ia até a Igreja de Santa Bárbara que não era muito perto da casa deles.
O trajeto, da Mina do Toco até a igreja, era pavimentado com pirita, o que era muito comum nas ruas da cidade naquela época.
Descalço, com os pés enegrecidos pela pirita, ajoelhado à frente da imagem padroeira dos mineiros, pedia ajuda em oração.
Era uma fé infantil e pueril, vinda do fundo do coração.
Certo dia o menino estava saindo da igreja quando encontrou um velhinho que ofereceu a ele uma pedra de carvão.
O velhinho disse para ele que o carvão era para ajudar a tratar sua irmã.
Quando chegou em casa contou a história para a mãe e o pai.
Eles acharam a história legal e reconheceram que o velhinho teve uma boa intenção, só que não tinha como eles fazerem nada com o carvão.
O pedaço era do tamanho de um tijolo e não tinha ninguém que fosse comprar e, se alguém resolvesse comprar, o valor que receberiam não somaria mais do que algumas moedas, o que era tão irrisório diante do que eles realmente precisavam.
O menino, então, comovido com a situação, resolveu guardar o pedaço de carvão no seu quarto humilde.
Deixou-o numa prateleira de madeira perto da porta.
Nos dias seguintes, no caminho da sua oração, ele encontrou e cumprimentou o velhinho várias vezes perto da igreja e da casa deles.
-Oi como vai a maninha? perguntava o caridoso senhor.
-Do mesmo jeito, respondia o garotinho com sua voz infantil.
Mas ele não falava nada sobre pedaço de carvão porque não queria magoar o velhinho de bom coração.
Em casa todos estavam cada vez mais tristes pois o tempo passava e não conseguiam fazer o tratamento da menina.
Uma noite faltou luz e ele levantou da cama tateando no escuro procurando a porta, quando alguma coisa caiu no chão.
Ele acabou pisando e esmagando o pedaço de carvão que, sem querer, ele havia esbarrado e derrubado devido a escuridão.
De repente a energia voltou e ele viu o chão todo preto de carvão.
No meio dava pra ver uma pedra que brilhava muito.
Recolheu a pedra, mostrou para os pais.
O pai, mineiro experiente, percebeu que se tratava de um diamante puro.
Fascinados com a descoberta, ficaram alguns momentos em choque emocional pois perceberam que ali estava a cura da filha deles.
Do ébano do carvão, surgia a luz para uma vida.
Eles venderam o diamante e conseguiram pagar todo o tratamento que a menina precisava.
Muito agradecida a mãe saiu a procura do velhinho que havia dado o pedaço de carvão ao seu filho.
A mãe queria desvendar o mistério.
Será que o velhinho sabia da existência do diamante?
E porque ele não pegou para si mesmo?
Eram muitas as perguntas que a mãe tinha para fazer.
Por vários dias procurou nos lugares onde o menino havia indicado e não encontrou ninguém.
Resolveu então perguntar para as pessoas que moravam ali e elas disseram que sim, haviam visto o menino diariamente entrando e saindo da igreja.
Quanto ao velhinho, não, jamais haviam visto alguém com tais características andando nas ruas ou entrando e saindo da igreja.
-Seu filho, disseram elas, estava sempre desacompanhado e costumava ficar falando sozinho na rua.
O Milagre do Carvão
Reza a lenda que um menino, filho de mineiro, quando tinha dez anos, sua mãe ganhou uma menina que nasceu com uma doença rara.
A menina tinha os cabelos muito escuros, porém a pele era extremamente branca devido, talvez, a doença que a afligia.
O pai trabalhava na Mina do Toco e não tinha muito dinheiro.
Depois que a menina nasceu ele gastava todo o salário com remédios.
Quando a menina completou 3 anos, os médicos disseram que não tinha mais como tratar dela em Criciúma.
Ela teria que se deslocar para algum centro maior onde pudesse receber a ajuda médica necessária.
Apesar do progresso financeiro que as minas de carvão davam à cidade, a infraestrutura não acompanhava no mesmo ritmo.
A região era um centro de mineração com milhares de mineiros e famílias que ali estavamem função apenas do carvão.
A família ficou desesperada pois a amavam muito e não queriam que ela morresse.
As pessoas ajudavam como podiam.
Até o Sindicato dos Mineiros e a Igreja de Santa Bárbara coletaram dinheiro mas era preciso muito mais.
O menino começou a rezar pela cura da irmã e todos os dias ia até a Igreja de Santa Bárbara que não era muito perto da casa deles.
O trajeto, da Mina do Toco até a igreja, era pavimentado com pirita, o que era muito comum nas ruas da cidade naquela época.
Descalço, com os pés enegrecidos pela pirita, ajoelhado à frente da imagem padroeira dos mineiros, pedia ajuda em oração.
Era uma fé infantil e pueril, vinda do fundo do coração.
Certo dia o menino estava saindo da igreja quando encontrou um velhinho que ofereceu a ele uma pedra de carvão.
O velhinho disse para ele que o carvão era para ajudar a tratar sua irmã.
Quando chegou em casa contou a história para a mãe e o pai.
Eles acharam a história legal e reconheceram que o velhinho teve uma boa intenção, só que não tinha como eles fazerem nada com o carvão.
O pedaço era do tamanho de um tijolo e não tinha ninguém que fosse comprar e, se alguém resolvesse comprar, o valor que receberiam não somaria mais do que algumas moedas, o que era tão irrisório diante do que eles realmente precisavam.
O menino, então, comovido com a situação, resolveu guardar o pedaço de carvão no seu quarto humilde.
Deixou-o numa prateleira de madeira perto da porta.
Nos dias seguintes, no caminho da sua oração, ele encontrou e cumprimentou o velhinho várias vezes perto da igreja e da casa deles.
-Oi como vai a maninha? perguntava o caridoso senhor.
-Do mesmo jeito, respondia o garotinho com sua voz infantil.
Mas ele não falava nada sobre pedaço de carvão porque não queria magoar o velhinho de bom coração.
Em casa todos estavam cada vez mais tristes pois o tempo passava e não conseguiam fazer o tratamento da menina.
Uma noite faltou luz e ele levantou da cama tateando no escuro procurando a porta, quando alguma coisa caiu no chão.
Ele acabou pisando e esmagando o pedaço de carvão que, sem querer, ele havia esbarrado e derrubado devido a escuridão.
De repente a energia voltou e ele viu o chão todo preto de carvão.
No meio dava pra ver uma pedra que brilhava muito.
Recolheu a pedra, mostrou para os pais.
O pai, mineiro experiente, percebeu que se tratava de um diamante puro.
Fascinados com a descoberta, ficaram alguns momentos em choque emocional pois perceberam que ali estava a cura da filha deles.
Do ébano do carvão, surgia a luz para uma vida.
Eles venderam o diamante e conseguiram pagar todo o tratamento que a menina precisava.
Muito agradecida a mãe saiu a procura do velhinho que havia dado o pedaço de carvão ao seu filho.
A mãe queria desvendar o mistério.
Será que o velhinho sabia da existência do diamante?
E porque ele não pegou para si mesmo?
Eram muitas as perguntas que a mãe tinha para fazer.
Por vários dias procurou nos lugares onde o menino havia indicado e não encontrou ninguém.
Resolveu então perguntar para as pessoas que moravam ali e elas disseram que sim, haviam visto o menino diariamente entrando e saindo da igreja.
Quanto ao velhinho, não, jamais haviam visto alguém com tais características andando nas ruas ou entrando e saindo da igreja.
-Seu filho, disseram elas, estava sempre desacompanhado e costumava ficar falando sozinho na rua.
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